sábado, 24 de maio de 2008

Passagens bíblicas difíceis de entender - parte 1

A partir do capítulo 11 do livro de Juízes, temos a narração de um personagem curioso: Jefté - filho de Gileade com uma prostituta, que, justamente por isso, foi expulso de casa pelos outros filhos legítimos, seus meio-irmãos.
Morando em Tobe, território ao oriente de Gileade (atualmente Taipibeh, em Basã do sul), levava uma vida aparentemente dissoluta, pois associou-se a homens "levianos" (vers. 3).

Tudo muito bem, tudo muito mal, pois os amonitas investem contra Israel - e quem os anciãos, os líderes da cidade vão procurar? Exato, Jefté!
Não é explicado como um bastardo, expulso de casa, associado a homens de conduta questionável poderia ajudar os israelistas.

Claro que Jefté age como a maioria de nós agiria: "Vocês me expulsam de casa e agora que a coisa aperta, vem me procurar?"

Nada como ter o poder da barganha a seu favor! Procurado para ser simplesmente o líder militar (versículo 6) ele, espertamente, consegue dos anciãos a promessa de se tornar o líder, o "príncipe" do seu povo.
Avaliando sua situação (desterrado, longe do lar, vivendo com pessoas "levianas") , claro que ele aceita a proposta.

Sua primeira atitude foi tentar conversar com o rei de Amon, usando a tal "via diplomática". Parece que o mudo gira e a humanidade não muda, pois as conversações para se evitar uma guerra não deram em nada.

Vendo que o confilto se aproxima, Jefté, faz um voto a Deus (versículo 30): se saisse vencedor ofereceria em holocausto a primeira "coisa" que saisse pela porta da sua casa.
Ah, se ele soubesse as consequências terríveis que esta promessa traria!

O texto narra que Jefté saiu vitorioso, combatendo com "grande mortandade", tendo sido envolvidas 20 cidades no conflito.

Agora vem a parte terrível: ao chegar em casa, Mispa, sua filha lhe vem ao encontro, toda alegre e saltitante (versículo 34) - naquela época era costume abrigar dentro de casa não só os familiares, mas também os animais.
Claro que Jefté pensou, ao fazer seu voto, em sacrificar um animal qualquer, nunca sua filha.
Este é um bom exemplo de pessoas bem itencionadas, mas com sérios problemas de juízo de valor.

Por mais desespero que Jefté sentisse (versículo 35), sabia que uma vez feito o voto, não poderia ser quebrado. Laconicamente o texto diz que, Jefté "... cumpriu nela o seu voto que tinha feito".
Quer dizer, na parceira de ovos com bacon, Mispa foi o porco.

Lições aprendidas:

1) Deus chama quem lhe aprover, independentemente do seu status social ou preparo técnico;
2) Aprenda a dominar as mágoas e males sofridos no passado;
3) Não se perca fazendo votos dos quais não poderá cumprir, ou pior, que cumprindo venha trazer dissabores para a vida dos outros;
4) Nunca pense que sua posição de "líder" lhe dê o direito de por e dispor;
5) Não misture no seu trato, pessoas e coisas.

2 comentários:

Alice disse...

Olá !! vim retribuir-lhe a visita e eis que me pego surpreendida pela qualidade da palavra !! parabens pelo belo espaço !!
estou add vc aos meus favoritos e o convido a conhecer meu outro espaço:

www.verdadesnuas.blogspot.com

abraços

Alice

Ruy Marinho disse...

Olá irmão. Também vim retribuir a visita. Muito bom seu blog.

Parabéns pelo trabalho.

Grande abraço, N'ele que nos fortaçece e nos une como Igreja, JESUS CRISTO!

Graça e Paz.

Ruy Marinho

www.bereianos.blogspot.com